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O ícone de Giallo, Dario Argento, passou a década de 1980 trabalhando no topo de seu jogo - a ponto de até mesmo seus trabalhos “menores” terem sido destaques nas carreiras de diretores menores. “Inferno” teve a infelicidade de seguir “Suspiria”, que estabeleceu um padrão de sucesso de bilheteria que praticamente nenhum filme poderia superar. Para piorar a situação, foi seguido por “Tenebrae”, tornando-o o filho do meio não amado da trilogia Três Mães de Argento. Ainda assim, é um dos filmes mais visualmente marcantes da década. A trama solta segue uma jovem poetisa cuja visita a uma livraria a leva para a toca do coelho ao pesquisar os três espíritos míticos que controlam os eventos ao redor do mundo. Mas embora contenha bastante exposição para o material temático que o conecta a “Suspiria” e “Tenebrae”, “Inferno” é na verdade apenas uma desculpa para Argento exercitar seu domínio das cores. Cada cena tingida de neon é composta com maestria, repleta de quantidades iguais de terror gótico clássico e desprezo dos anos 80. Uma bomba divisiva nas bilheterias em seu lançamento inicial, “Inferno” ainda foi o pontapé inicial perfeito para uma das décadas mais ricas de Argento. —CZ